6 de dezembro de 2009

"Tudo que faço ou medito"

Ora aqui está um poema de Fernando Pessoa que tinha entalado na garganta. Quando o li há umas semanas fiquei maluco a pensar como podia haver poema que me identificasse de maneira tão perfeita.

Hoje, véspera de teste de português, na minha revisão, redescobri o bendito e pensei: tenho que por isto no blogue! Boa deixa para o reavivar e poupar palavras (muitas!).

Aqui fica então o dito cujo com o meu obrigado a Fernando Pessoa (ortónimo) :P

Tudo que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço -

Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.

3 comentários:

  1. Bem, fica a saber que me fizeste o comentário mais fofo de sempre xD 'gosto de te ler. és bonita por dentro.' Aw, thanks!

    Devias apostar no teu blog e não ter vergonha; afinal o blog é teu, tens total liberdade para cá pores o que quiseres.

    Não sei como sabes que ando na Fernão xD Mas também não sei quem és ._.

    obrigada pelo comentário *

    ResponderEliminar
  2. Menino
    Como este poema tem tudo a ver conosco! Será que o Fernando Pessoa também era um procrastinador?
    Bete

    ResponderEliminar
  3. Não sei se era, mas fico também com essa suspeita quando ele escreve "Tudo que faço ou medito / Fica sempre na metade".

    ResponderEliminar