Ora aqui está um poema de Fernando Pessoa que tinha entalado na garganta. Quando o li há umas semanas fiquei maluco a pensar como podia haver poema que me identificasse de maneira tão perfeita.
Hoje, véspera de teste de português, na minha revisão, redescobri o bendito e pensei: tenho que por isto no blogue! Boa deixa para o reavivar e poupar palavras (muitas!).
Aqui fica então o dito cujo com o meu obrigado a Fernando Pessoa (ortónimo) :P
Tudo que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço -
Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.